domingo, 16 de novembro de 2008

Domingo

Deitada na cama, olho pela janela vejo o Sol a brilhar, toda uma vida que corre lá fora enquanto eu fico aqui, por opção, estendida na companhia da minha caixinha mágica e desta pequena janela que tenho para o Mundo.

Estou constipada e desculpo-me com isso para poder ficar assim, sem que me pese a consciencia por me recusar a viver neste dia. A desculpa perfeita para recusar o convite de uma amiga, que me obrigaria a mexer-me daqui, a comer, a arranjar-me, a sair e a aproveitar o dia. Olhar o mar, gozar a sensação de ter este Sol de Outono a acariciar-me a pele.

Deixo-me ficar, mas no fundo o que queria era que me arrancassem deste estado de demência. Alguém que me levasse daqui, que me mostrasse tudo o que perco quando a preguiça me vence. Talvez esteja cansada de me recordar a mim própria de que tenho que fazer com que cada dia conte. Se não tenho que ir trabalhar, se não tenho aulas, se não tenho nenhum compromisso, então porque tenho que sair da cama hoje? Não tenho e não vou sair, mas olho lá para fora e vejo o quanto me faz falta quem me tire daqui quando eu me sinto demasiado cansada para sair por mim.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quando as palavras se esgotam

Perguntas-me se me sinto cansada, talvez, mas até para reconhecer o cansaço é preciso sentir, acho que nao sinto nada.
Melancolica, “xoxa”, abatida, apagada, apática.... Sim apática, não sinto nada.
Farta de tanto pensar, farta de tanta indecisão, farta de tanto falar, de tentar expor os meus pensamentos, de tentar descrevê-los.... Cheguei ao ponto em que já não sinto nada, a minha cabeça está tão cheia que já nem penso, perdi essa capacidade, pelo menos por momentos.
Dizem que existe sempre um periodo de calma antes de rebentar a tempestade, um momento em que tudo fica silencioso, parece que tudo pára uns instantes antes de rebentar.....
Basta uma pequena contrariedade para me tirar do estado de transe em que me encontro, parece que acordo, algo cresce dentro de mim, sinto o peito a encher, a cabeça quase a rebentar... Tenho um peso enorme que preciso de tirar de cima de mim, mas já não há mais nada a dizer, esgotei todas as palavras, invade-me uma onda de tristeza, talvez de desespero por me sentir encurralada. Perdi-me neste labirinto e já não encontro a saída. Choro.
Respeitas o meu silêncio, partilhas a minha tristeza, estás simplesmente lá, eu sinto-te. Acalmo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Presente Especial

Porque adorei o teu presente e porque não quero que caia no esquecimento, resolvi partilhá-lo! Espero que não te importes.....

"Véspera de Natal de 2007

Numa esplanada solarenga e envidraçada
Na minha cidade natal
Conheci uma menina loirinha
Que despertou o meu sentido "paternal" ;)

Desde logo saltou-me à vista
A sua beleza imensa
O seu jeito de menininha atrevida
E aqueles cortes de cabelo máximos que ela não dispensa

Ao longo da tarde fomos conversando
E fui descobrindo um tesouro inestimável
Embrulhado em metro e meio de MULHER
De valor incalculável

Ainda a apreciar tal momento
Fui para casa a pensar
Como tinha sido abençoado
Por tal tesouro encontrar

Na passagem de ano recebi um telefonema
Seu e de mais duas "esposas" inspiradas
Na minha timidez e inocência pensei
"Tais palavras serão a mim dedicadas?" ;)

Recebe-me sempre de uma forma tão querida
E com aquele movimento já famoso
Involuntariamente destapando aquela barriga tão lisa
Mostrando aquele piercing máximo num corpo poderoso :P

Dança kizomba como ninguém
E tem aqueles movimentos de anca fenomenais :P
Que tantas vezes me fizeram querer mandar à fava
Os meus poderes paternais

É uma tentação esquecer-me que é minha filhota
E a minha sorte talvez tentar
Mas pelos vistos não tenho perfil para passarinho
Nem tenho asas para voar

Filhota, amiga e confidente
Sempre sincera, directa e dedicada
Tem respondido sempre presente
E ajudado a clarificar a minha cabeça complicada

Eu percebo o teu "desabafo"
Que acho de toda a legitimidade
Mas nunca percas a esperança
Muito menos em tão tenra idade

És especial e insubstituível
Por mim nunca serás esquecida
Conhecer-te é algo indescrítível
E por isso és a única Pikinina da minha vida

Não sei se peguei pesado
Nem se gostaste da escrita ou do tom
Se achas que é um texto merreca
Podes sempre mandar-me ir apanhar no ... bujon

PARABÉNS PIKININA

Ass. Paizinho"

Obrigado!!!

Folha em branco

Tenho uma folha em branco à minha frente e quero preenche-la. Gostava de conseguir transpor para o papel tudo o que me passa pela cabeça, todo este torbilhão de ideias, pensamentos e vontades, desejava poder enumerá-los aqui, talvez se os visualizasse fosse mais fácil organizá-los, tentar perceber o que me dizem, por que caminho querem que eu siga. Isso se realmente me indicam alguma direcção, porque assim a sensação que tenho é que, estes pensamentos, estas vontades, são por vezes bastante contraditórios.
Hoje quero, hoje tenho vontade de seguir naquela direcção, de descobrir o que me espera se perder o medo de arriscar, mas e amanhã?! Amanhã se calhar já não quero, amanhã posso acordar e pensar que é bem mais seguro manter-me onde estou, pelo menos por mais uns tempos, até voltar a ter coragem para arriscar a mexer-me.....

Seria tudo bem mais fácil se conseguisse meter tudo nesta folha, podia ver as diferentes variáveis, podia calcular o peso de cada uma, talvez mete-las numa equação e perceber qual a tendência que seguem.... Como eu adoro as ciências exactas!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desabafo...

Quero ser única.
Quero que me façam sentir assim, insubstituível.
Farta de ser ponto de passagem,
Quero ser o destino final,
O único destino.

Inveja

Triste quando percebo que o mundo hoje em dia é movimentado pela inveja, se não totalmente pelo menos em parte.
Hoje inveja-se tudo, o amigo que conseguiu um emprego melhor que o nosso, a felicidade do casal desconhecido de namorados que passa na rua em pleno romance, os olhares do sexo oposto que poisam sobre outros quando queriamos que poisassem em nós, o corpo perfeito, a vida perfeita e até o sexo perfeito...
Será saudável?! Penso que até pode ser, a inveja quando controlada até poderá funcionar como impulsionador para a nossa vida, crescemos porque nunca estamos completamente satisfeitos com o que temos. Invejo o casal que passa porque também gostaria de ter alguém ao meu lado, invejo o emprego do meu amigo e luto para lá chegar também...
Mas e quando a inveja funciona ao contrário? “Se eu não tenho, entao tu também não podes ter!”. Quando esta inveja começa a consumir por dentro, e pior a consumir o seu alvo... porque é que as pessoas sentem necessidade de destruir o que de melhor os outros têm?! Consciente ou inconscientemente, quando alguém se deixa consumir pela inveja só descansa quando vê afectada a auto-estima do outro. É triste viver assim, a desejar apenas o que não se pode ter, mais triste ainda é o desejo de destruição que daí advem...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O verdadeiro valor da amizade

Por mais tumultuosa que seja a vida, por mais problemas que surjam, por mais tristezas que nos atravessem a alma, é bom ver que existe quem nunca nos larga, quem não nos deixa cair, quem nos defende acima de tudo e está preparado para nos confrontar com a verdade seja ela qual for.

Fico feliz porque sei que tenho quem me agarre quando já me cedem as pernas nesta longa caminhada. Muitas coisas más se passaram nos últimos meses, muitas tristezas, muitas desilusões, mas uma coisa ganhei que supera todas as amarguras, conheci o verdadeiro valor da amizade.

Amigo não é só aquele que se ri connosco, que se diverte ao nosso lado... amigo é aquele nos acompanha em alturas decisivas, nos incentiva, nos leva até à porta dessa decisão, nos vê entrar e fica cá fora à espera caso haja arrependimento, so para nos acompanhar de volta sem recriminações. Amigo é quem se preocupa ao ponto de largar tudo o que está a fazer para se certificar que ficamos bem, ou para nos defender se necessário, quando se aproxima alguma ameaça. O amigo está lá no dia seguinte, mesmo quando no dia anterior lhe desligamos o telemovel na cara porque simplesmente não o conseguimos ouvir mais naquele momento. O amigo não admite que sejamos traidos e avisa-nos dessa traição seja a que horas for. Amigo é quem nos confronta com a verdade, com os nossos erros e fraquezas por muito que isso nos custe...

Enquanto vos tiver sei que nunca vou estar completamente só!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aparências

"...You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through...."

The Story - Brandi Carlile


Nem tudo o que parece corresponde à realidade....

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A Dor da Traição

Tenho um peso no peito, um nó na garganta, todo o meu corpo treme de frio, mesmo com o calor que faz à minha volta, a cabeça cheia chega a doer devido à tempestade de ideias, hipóteses e pensamentos que chocam lá dentro.
Sinto-me angustiada, quase que enjoada devido a todo este torbilhão que vai dentro de mim.
Sinto-me estúpida por confiar, ou por ter confiado, mas ao mesmo tempo espero não perder esta capacidade que sempre tive de acreditar... Mas já não sei como manter este à vontade, esta abertura, quando por mais que uma vez, estes em quem confio, conspiram, traem, fazem intrigas onde me envolvem e me magoam.
Hoje sinto-me assim, amanhã o peso vai desaparecer, vou voltar a confiar, a acreditar nos que me rodeiam, até que outro dia virá e de onde menos espero ela irá aparecer, a Traição...
Serei eu afinal demasiado ingénua?! Pago porque me recuso a acreditar que as pessoas por vezes podem ser simplesmente más...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Triste.... Porquê?

Sinto-me tão sonolenta, nem acredito que já ouço o despertador a tocar, ainda agora me deitei..... Olho para a janela, o céu está tapado, não se vê um único raio de sol, nem um único vestígio da época do ano em que nos encontramos.... A primavera, altura em que o mundo floresce e os amantes se amam mais do que nunca, estação do amor, estação da felicidade.....
Não, não vou deixar que isto me afecte, não são umas meras nuvens no céu que me vão entristecer logo pela manhã.... Mas como não hei-de ficar triste quando está perante mim uma verdadeira metáfora da minha vida?! Também eu estou na primavera da vida, mas olho à volta e vejo tudo enublado, espero ansiosamente pelo raio de sol que me vai aquecer, que irá fazer com que eu floresça de novo para a vida....
A dramatizar um bocadinho?! Talvez, mas há dias assim em que acordamos e tudo está escuro à nossa volta, dias em que sentimos uma dificuldade enorme em ver as coisas que dão cor à nossa vida. Sim porque elas existem só que quando nos falta um ingrediente essencial para a felicidade todos os outros aparecem camuflados.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Conflitos....

Será que podemos definir o que é correcto e o que é errado?! Se calhar até podemos em diversos temas, mas e quando falamos de sexo, de atracção, de desejo? Quando temos uma vontade incontrolável de estar com alguém, mas esse alguém está “moralmente” indisponível.... Será assim tão incorrecto ceder à tentação? Será assim tão mau passar dos pensamentos, das provocações, dos jogos à acção? Haverá uma diferença assim tão grande entre aqueles que querem e não o fazem, e os que desejam e concretizam?! Moralmente não sei, mas interiormente existe uma enorme diferença, a satisfação de quem concretiza o que mais deseja, de quem usufrui do máximo prazer que a vida lhe pode dar, este alguém estará bem mais perto da felicidade! Mas valerá esta felicidade a pena quando é conseguida à custa da infelicidade de terceiros, ou na melhor das hipóteses da traição e do desrespeito?
Fará sequer algum sentido tentar racionalizar o que não passa de um instinto animal que existe dentro de todos nós? A atracção e o desejo são sentimentos que não se controlam e que nos corroem por dentro até ao dia da sua concretização..... A grande questão é: Devemos deixar-nos guiar pelos nossos instintos, ou deixamos que eles nos corroam, nos elouqueçam... mas fazemos o que está “moralmente” correcto?!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O que sobreviveu?!

“Há muito tempo atrás, dois bonitos e simpáticos jovens cruzaram-se nesta grande estrada que é a vida! Ele um rapaz aparentemente calmo, simpático e muito interessante, ela simpática, uma miúda fixe!

Um belo dia resolveram conversar durante um bocado, e de um momento para o outro, sem saberem muito bem como, deixaram de ser apenas duas pessoas que se cruzaram na vida, para se tornarem grandes amigos.

Era uma amizade inocente e verdadeira, amizade esta que se foi desenvolvendo durante 3 longos anos. Quando menos se esperava, eis que acontece algo que iria mudar defenitivamente a vida destes jovens, algo havia mudado...

Começaram a olhar-se de forma diferente, embora desde o início gostassem de estar perto um do outro, essa vontade havia triplicado... tentaram lutar contra a atracção, pois eram grandes amigos e nada poderia estragar esta amizade....

Mas a vontade de se beijarem crescia dentro deles, e de uma maneira cada vez mais forte, até que acabaram por revelar um ao outro o que começavam a sentir.

O próximo encontro estava perto, o que iria acontecer ambos sabiam, mas será que estavam preparados, será que o deviam fazer, estariam a pôr em risco uma amizade maravilhosa? Estas e outras perguntas atormentavam a jovem, mas a vontade de viver esta nova oportunidade que a vida lhe oferecia ultrapassava qualquer dúvida, ela queria dar mais este passo e estava certa que ele também!

O encontro surgiu, tudo era estranho agora que sabiam as intenções de ambos, estavam com um medo enorme de dar o primeiro passo, pois iriam deixar de ser apenas bons amigos.... Mas o inevitável aconteceu, deram o primeiro beijo, foi um beijo rápido mas que marcou o início de uma nova etapa na vida destes jovens!”

10 anos depois.....

Num dia como muitos outros, passeava pela rua atenta às montras na esperança de encontrar algo que alimentasse mais uma vez o seu consumismo, a pensar na vida, nos seus problemas, nos seus compromissos... Eis que quando olha para o outro lado da rua avista alguem conhecido, alguem que lhe parece bastante familiar, é ele.... Deve passar a rua para o cumprimentar?! Ele também a viu, será que pensa o mesmo?! Surge uma certa nostalgia, afinal está ali à distancia de uma estrada o seu primeiro amor, o seu grande amigo de outros tempos.... O que terá feito da vida, o que lhe terá acontecido, estará feliz?! Estas e outras perguntas passam-lhe pela cabeça num espaço de 5 segundos.... volta a olhar em frente, que lindo vestido, tem que o comprar, o que irá fazer para o jantar?! Como irá correr a reunião que terá no dia seguinte?! ...

E assim se resume uma história de amor, uma história de amizade, 5 segundos de nostalgia e de volta à vida normal!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Miragens....

Acordo, tudo mudou à minha volta, giro em torno de mim própria vejo o horizonte à procura de algo diferente, de algo que se destaque, mas nada.... tudo o que vejo é areia, dunas, um deserto imenso que se estende em todas as direcções. Estou perdida, mas tenho força, tenho que caminhar, sair deste deserto. Olho com mais atenção e vejo que não estou sozinha, há quem caminhe ao meu lado, quem me dê forças para continuar quando eu estou prestes a desistir, mas.... não me chega, preciso de alimento, de água, não para me alimentar o corpo, mas para me alimentar a alma.

Algo diferente surge no horizonte, vejo verde, ouça a água, cresce uma ansiedade enorme dentro de mim, quero alcançar aquele paraíso, um oásis no meio do deserto imenso que me rodeia, a minha salvação.... caminho agora com mais intensidade, estou cada vez mais perto, já sinto a humidade no ar que acaricia a minha pele.... sinto ou quero sentir?! É quando tudo desaparece, mais uma miragem provocada pelo desespero, pela ansiedade, pela vontade enorme que tenho de sair daqui....

Caio, desespero, choro, recomponho-me, levanto-me, tenho que continuar.... continuo em busca do verdadeiro oásis, do verdadeiro paraíso, porque acredito que exista um especialmente para mim, lindo!

Um dia acordei e estava num deserto, amanhã quando acordar será que saí dele?!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Coragem

“Coragem é a habilidade de confrontar o medo a dor, o perigo, a incerteza ou intimidação. Pode ser dividida em "coragem física" e "coragem moral". O homem sem temeridade motiva-se a ir mais além. Enfrenta os desafios com confiança e não se preocupa com o pior. O medo pode ser constante, mas o impulso o leva adiante.” (http://pt.wikipedia.org).

Será que sabemos quando estamos realmente a ser corajosos?! Pensamos que estamos a ser corajosos quando nos sujeitamos a determinadas situações das quais, pensamos nós, a maioria das pessoas fugiria, cá dentro pensamos: isto não me está a fazer bem, mas eu aguento, aguento porque sou forte, aguento porque sou corajoso. Será?!

Pois eu digo que não! É preciso coragem sim senhor, mas coragem para nos afastarmos do que nos faz mal, coragem para vencermos o medo da solidão e deixarmos de nos sujeitar aos caprichos dos outros só porque este outro nos faz alguma companhia quando mais lhe apraz.... É preciso coragem para dizermos basta, é preciso coragem para aprendermos a viver, mesmo que isso signifique que temos que aprender a viver sozinhos. É este o meu desafio: chegar ao ponto em que nada me fará sentir melhor que o sossego do meu lar, o aconchego do meu sofá, uma boa música um bom livro, a paz...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Encontros e Desencontros....

Uma noite como muitas outras, mais uma vez prestes a fechar o ginásio, mas cedo demais para querermos terminar o dia, sim estamos a meio da semana, sim deviamos descansar porque no dia seguinte é dia de trabalho, mas a vida é curta e temos que a aproveitar.... pelo menos é esta a nossa desculpa.....
Vamos dançar.... nada me deixa com melhor disposição, quando danço não penso, só sinto, deixo a música entrar, embala o meu corpo que se movimenta completamente hipnotizado por ela.
E então, o encontro.... um cruzamento de olhares, o reconhecimento... a mesma paixão no olhar, paixão pela musica, pela dança, o mesmo envolvimento. A atracção... os nossos corpos unem-se numa dança quente e envolvente, hipnotizados pela mesma musica, hipnotizados um pelo outro.
A noite terminou. Parou a música. Despertamos. De volta à realidade.... o desencontro.
Fica-nos a união perfeita de dois corpos e a esperança de um reencontro para uma nova dança.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Montanha Russa...

A minha vida mais parece uma montanha russa, será por isso que me sinto tão enjoada?!

A vida por vezes consegue ser bastante irónica, eu que adoro montanhas russas, que vibro com toda aquela adrenalina, os altos e baixos, poder ver o mundo literalmente ao contrário nem que seja por um segundo, sentir o verdadeiro peso da gravidade quando estamos virados de cabeça para baixo, a velocidade....

Eu que adoro tudo isto, porque não gosto quando na minha vida vejo todos estes aspectos retratados?! Quando sinto que esta é feita de altos e baixos, tão depressa me sinto no topo do mundo, como no momento seguinte caio em queda livre até ao fundo do poço.... Porque será que não gosto quando olho à volta e mais parece que tenho a minha vida virada ao contrário, que por mais que tente endireitá-la, leva-la pelo rumo que sempre desejei esta teima em seguir no sentido oposto?! E a velocidade?! Será que é porque eu gosto tanto de velocidade e adrenalina que tenho esta sensação de que tenho mesmo que viver com toda esta acelaração: acordar, trabalhar, ginásio, sair, dormir pouco..... e no dia seguinte tudo de novo, tudo menos parar, porque parar é morrer.... Será? Ou será que tenho receio de olhar à volta, de parar para pensar e chegar à derradeira conclusão que afinal tanto movimento não me levou a lado nenhum?! Que até neste ponto a minha vida é uma verdadeira montanha russa, muitos altos e baixos, muita velocidade, muita adrenalina, mas no final.... acabamos exactamente onde começamos, de volta ao ponto de partida...