quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quando as palavras se esgotam

Perguntas-me se me sinto cansada, talvez, mas até para reconhecer o cansaço é preciso sentir, acho que nao sinto nada.
Melancolica, “xoxa”, abatida, apagada, apática.... Sim apática, não sinto nada.
Farta de tanto pensar, farta de tanta indecisão, farta de tanto falar, de tentar expor os meus pensamentos, de tentar descrevê-los.... Cheguei ao ponto em que já não sinto nada, a minha cabeça está tão cheia que já nem penso, perdi essa capacidade, pelo menos por momentos.
Dizem que existe sempre um periodo de calma antes de rebentar a tempestade, um momento em que tudo fica silencioso, parece que tudo pára uns instantes antes de rebentar.....
Basta uma pequena contrariedade para me tirar do estado de transe em que me encontro, parece que acordo, algo cresce dentro de mim, sinto o peito a encher, a cabeça quase a rebentar... Tenho um peso enorme que preciso de tirar de cima de mim, mas já não há mais nada a dizer, esgotei todas as palavras, invade-me uma onda de tristeza, talvez de desespero por me sentir encurralada. Perdi-me neste labirinto e já não encontro a saída. Choro.
Respeitas o meu silêncio, partilhas a minha tristeza, estás simplesmente lá, eu sinto-te. Acalmo.

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